terça-feira, julho 17, 2007

Com quantos fios se faz um ambiente?

Estou no centro da sala. Na minha frente uma bela imagem se derrete em uma tela de fusões e cores. São os olhares dos outros, estampados para mim, em alta definição e vibrando acordes em um sistema de som integrado. Filmes que minha amada fez, mas ainda não viu.

Saio do centro e vou para o canto. Lá, o som goteja suor em lá maior. A imagem reflete em diagonal para que eu possa namorá-la de outro ângulo. O passarinho canta e eu escuto até as sombras de seu canto. Todos os entulhos fora. A arte está ali e eu nem preciso de pipoca. Nem de refrigerantes. A mim basta o mundo que vejo da barriga de um cubo.

No chão da sala e nas paredes, fios e mais fios. Conexões entre o receptor e as várias caixas que vão dar nele. E cabos e antenas e fitas e pregos e prendedores. Trabalheira que resulta em caos e brilho. Para onde quer que eu aponte o meu olho, estará diante de mim algo atravessando algo. Seja fecho, fio na parede ou riscos do mau acabamento do móvel novo.

Móvel novo que está servindo para muita coisa. Nele, guardo os aparelhos e instrumentos possuidores do power que aciona o meu mundo mágico e das páginas impressas do tipo de calor que mais me interessa. E ainda tem a elegância de guardar tudo sem ocupar muito espaço. Lindo e low profile.

No dia em que deixarem de inventar as coisas, eu me mudo para Júpiter. Vou viver numa imensa bola de gás e morrer de frio.

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3 Comentários:

Às 3:39 AM , Anonymous Anônimo disse...

Adoro eletrônicos. Meu Deus, se eu tivesse dinheiro, minha casa ia ser uma profusão de fios.. rsrs
Já o é, sem eu ter, magina rsrs

Beijos

 
Às 8:05 AM , Anonymous Anônimo disse...

A tecnologia que guia o ser humano. Muitos filmes de ficção abordaram este assunto sobre prismas diferentes. Gostei!

 
Às 7:52 AM , Blogger Clementine disse...

Você pode inventar também, todos os dias. Abraço, Clementine.

 

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