Um dia
Manhã
Têmpera do juízo, sensibilidade à flor do esqueleto do segundo, gesto rompendo a partir do inclassificável, caule da retina desamparada, festa dos sentidos.
Tarde
Estampido mordaz, fumaça sonora na vertigem do tímpano, desconcerto não-alarmante em rotação convulsiva, extenso ossículo de piano e campainha, martelo estratiforme.
Noite
Rigorosa delícia tátil, mergulho no vão da brasa, lisura enérgica, pilar de ardência indecifrável, trânsito cravado na agudeza do poro.
Isto é um dia.
Têmpera do juízo, sensibilidade à flor do esqueleto do segundo, gesto rompendo a partir do inclassificável, caule da retina desamparada, festa dos sentidos.
Tarde
Estampido mordaz, fumaça sonora na vertigem do tímpano, desconcerto não-alarmante em rotação convulsiva, extenso ossículo de piano e campainha, martelo estratiforme.
Noite
Rigorosa delícia tátil, mergulho no vão da brasa, lisura enérgica, pilar de ardência indecifrável, trânsito cravado na agudeza do poro.
Isto é um dia.
Marcadores: Pequenos descontroles, Poemas
4 Comentários:
Guto, definiu muito bem com seu jogo de palavras cada período do dia. A tarde ficou ótima, eu sinto isso também, é uma fase do dia meio barulhenta e agitada, não podia ser diferente. Abs.
Olá Guto!
Enfim tive tempo e internet à disposição outra vez pra passar por aqui e ler seus posts. E diria que, depois dessas definições deliciosas, o Aurélio e o Houaiss bem mereciam uma certa atualização...! ;D
Beijos!
Dessa vez eu não vou me perguntar porque fico tanto tempo sem vim aqui.
Porque agora venho sempre aqui.
Mudinha, porque assim tem de ser.
Lendo, lendo, lendo.
Beijo.
Obrigado a todos. Lidiane, é de se estranhar você mudinha.
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