O sal
Civilização com a vida enfiada nele
Que tanto faz comida quanto
Tecido
Tinta
Remédio
Papel e hotel
Que tanto faz comida quanto
Tecido
Tinta
Remédio
Papel e hotel
Ouro branco
Precioso a preservar o alimento
Nada manco em seu sabor
Rude tempero
Afago de grãos
Que se misturam com outros
Aipos moídos
Ervas de folhas com cortes profundos
Hastes grossas, carnosas
De vigorosas estrias
E cheiro maravilhoso
Para saladas, molhos, sopas e improvisos
Secos gergelins
A oferta da cura anterior
Precioso a preservar o alimento
Nada manco em seu sabor
Rude tempero
Afago de grãos
Que se misturam com outros
Aipos moídos
Ervas de folhas com cortes profundos
Hastes grossas, carnosas
De vigorosas estrias
E cheiro maravilhoso
Para saladas, molhos, sopas e improvisos
Secos gergelins
A oferta da cura anterior
Brotando da alva flor no sovaco da planta
Eterno púbere de sementes miúdas
De toda cor
Todo sexo
E forte odor.
Eterno púbere de sementes miúdas
De toda cor
Todo sexo
E forte odor.
Kosher carne saborosa
No deserto múmias endurecidas
Pelos quatro cantos terras amaldiçoadas
E no subterrâneo de lagos antigos
Minas agitadas golfam a gema através das rochas
Formam cristais
Dissolvem-se na água
Eletricidade conduzida no alto ponto de fusão da dureza reduzida
O disco preferido de acetato
A fibra, o sabão e a fotografia
E se for chumbo é o peso de Saturno
A afundar e se decompor antes de ferver
E se for cobre cria o tóxico que mata os fungos
Células defumadas resíduos para fora
Células bem alegres nutrientes para dentro
Líquido com cheiro de banana
Mais um pigmento
Halita a céu aberto
Mar que evapora
Sol e vento de mãos dadas
Entram em um frasco de plástico
Cheio de soldados romanos à espera de sustento.
No deserto múmias endurecidas
Pelos quatro cantos terras amaldiçoadas
E no subterrâneo de lagos antigos
Minas agitadas golfam a gema através das rochas
Formam cristais
Dissolvem-se na água
Eletricidade conduzida no alto ponto de fusão da dureza reduzida
O disco preferido de acetato
A fibra, o sabão e a fotografia
E se for chumbo é o peso de Saturno
A afundar e se decompor antes de ferver
E se for cobre cria o tóxico que mata os fungos
Células defumadas resíduos para fora
Células bem alegres nutrientes para dentro
Líquido com cheiro de banana
Mais um pigmento
Halita a céu aberto
Mar que evapora
Sol e vento de mãos dadas
Entram em um frasco de plástico
Cheio de soldados romanos à espera de sustento.
* Imagem: Salinas de Aveiro. Para acessar o álbum de Elisa (que tem as letras do sal no nome), basta clicar na foto acima.
Marcadores: Pequenos descontroles, Poemas
9 Comentários:
Sal que eleva a pressão, continente e conteúdo.
Bela resposta, Guto.
Tempero na medida certa.
P.S. Delicatessen voltou, você viu?
Sim. Estive lá, apenas não deixei rastros.
"O sal da Terra, amor
A paz na Terra"
Me lembrei de Beto Guedes com seu texto.
Beijo
"Oncotô? (Erika)"
Engraçado... Também lembrei da música do Beto Guedes, como a Érika.
Texto com raríssimo sabor...
Abração
http://oucabem.zip.net
Gostei... do texto...
"gostoso" de ler!
:-)
Isso é o que eu chamo de um texto com sabor. Abs.
ai, esse álbum me deu saudade de santa maria... e raiva de ter ido pra aveiro e não ter conhecido essas salinas.
texto com tempero na medida certa.
bueno!
sal-mo
sal-vo
sal-to
sal-do
sal-so
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial