A força vertical na ponta do lápis
- Patrão, quanto custa este sal?
- Custa o que você não tem.
- Então estou condenado ao arroz com feijão insosso.
- Não é bem assim.
- Me explica como funciona.
- Você pode levar este sal, que também será seu débito.
- Mas se não tenho para comprar, não tenho para dever.
- Para dever sempre cabe mais.
- Custa o que você não tem.
- Então estou condenado ao arroz com feijão insosso.
- Não é bem assim.
- Me explica como funciona.
- Você pode levar este sal, que também será seu débito.
- Mas se não tenho para comprar, não tenho para dever.
- Para dever sempre cabe mais.
O devedor foi para a ponta do lápis traçar a mais tosca matemática. Viu em sua frente a lógica aritmética da mentira. Colocou o lápis atrás da orelha, coçou o queixo. Decidiu-se pelo sal, apesar dos pesares.
Marcadores: Armas de fogo, Crônicas despenteadas
9 Comentários:
ficar insosso não pode. :]
Mas ele tinha que comer neh?
:(
E eu pergunto a você, querido Guto: qual o sal da terra, enfim?
Beijo.
Lidiane,
aguarde o próximo post.
"para dever sempre cabe mais"
minha fatura do cartão de crédito que o diga!
Que sal salgado hem...
Assim ainda são as relações comerciais vigentes. Principalmente as que envolvem primeiro e terceiro mundos.
Abração
http://oucabem.zip.net
sei como é!
rsrsrs*
beijos e bons ventos nesse começo de ano, meu caro
MM.
E dessa forma tem um monte de gente escravizada no Brasil.
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