Do Excesso e da Falta de Luminosidade
O dia começa com os mesmos traços do marasmo. Em um canto, um rosto deformado pelos antidepressivos; em outro uma vaidade míope que se recusa a usar óculos. Ao centro, um sujeito com idade um pouco avançada que insiste em fazer piadinha de tudo e divertir pessoas que ele jura não suportar.
Todos conversam. Soltam suas pelancas e risos miúdos. Mantêm a pose de bons amigos. Afinal, estão em um barco com motor chumbado e comandante flácido. À deriva, precisam fingir o tempero inexistente e transformar frustrações na acetona que fará bem às suas tintas.
Ao longe, dois rapazes observam: um é surdo e o outro não. O primeiro está salvo pela própria deficiência; o segundo parece inquieto e anota alguma coisa em um pedaço de papel. Seria uma bela fotografia, se não estivesse sobreexposta.
Todos conversam. Soltam suas pelancas e risos miúdos. Mantêm a pose de bons amigos. Afinal, estão em um barco com motor chumbado e comandante flácido. À deriva, precisam fingir o tempero inexistente e transformar frustrações na acetona que fará bem às suas tintas.
Ao longe, dois rapazes observam: um é surdo e o outro não. O primeiro está salvo pela própria deficiência; o segundo parece inquieto e anota alguma coisa em um pedaço de papel. Seria uma bela fotografia, se não estivesse sobreexposta.
Marcadores: Bons olhos, Cotidiano, Enfados, Impressões
3 Comentários:
hum eu gostei do texto, mas não consigo explicar exatamente o que senti, uma coisa meio ruim... talvez fosse essa a intensão!
Sim, eu não calo a minha boca nunca! kkkkkk
Beijos
Olha, estou com cólica e simplesmente incapaz de interpretar textos enigmáticos, Guto - rs...
Mesmo assim, beijos pra você e obrigada pelos parabéns.
Você descreve bem o marasmo de um local de trabalho.
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