Dos bons e maus tradutores
Apuros vagabundos, não há risco ou condição de corte para o rosto dessa criatura ficar assim tão borrão de medo. Quisera tocar a medula que rege os tomos das coisas suspensas, para sentir nas mãos a haste da bandeira que o futuro pede - sim, a ética do palhaço ou a moral do equilibrista. E se o vento um dia errar de porta, não tem importância. Já tive vento no cabelo, brisa na orelha, tudo suficiente, tudo suficiente para saber que ventos e portas mudam de posição o tempo todo.
São os apuros vagabundos que tornam as pessoas mais infantis. Elas se traem por coisa pouca ou nada, muitas vezes por sequer entenderem o cinismo que sustentam. Mas há os que não são fisgados por essa rede, os que conhecem apuros sinceros, perigos de alma, riscos sérios. Geralmente, permanecem em silêncio e traduzem o perrengue de ontem em gentileza de hoje.
São os apuros vagabundos que tornam as pessoas mais infantis. Elas se traem por coisa pouca ou nada, muitas vezes por sequer entenderem o cinismo que sustentam. Mas há os que não são fisgados por essa rede, os que conhecem apuros sinceros, perigos de alma, riscos sérios. Geralmente, permanecem em silêncio e traduzem o perrengue de ontem em gentileza de hoje.
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3 Comentários:
? os que já estão
muito além de
qualquer
tradução
~
Guto, não imaginei que vc ainda me visita-se. Gostei de saber...e como ando feliz assim à toa, vim te agradecer
E como você bem sabe, gentileza, gera gentileza.
Lugar comum, é verdade. Mas,
pelo menos uma verdade, entre tantas mentiras sinceras de um mundo que ainda não aprendeu a se reconhecer.
Beijo.
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