segunda-feira, setembro 01, 2008

Dos bons e maus tradutores

Apuros vagabundos, não há risco ou condição de corte para o rosto dessa criatura ficar assim tão borrão de medo. Quisera tocar a medula que rege os tomos das coisas suspensas, para sentir nas mãos a haste da bandeira que o futuro pede - sim, a ética do palhaço ou a moral do equilibrista. E se o vento um dia errar de porta, não tem importância. Já tive vento no cabelo, brisa na orelha, tudo suficiente, tudo suficiente para saber que ventos e portas mudam de posição o tempo todo.

São os apuros vagabundos que tornam as pessoas mais infantis. Elas se traem por coisa pouca ou nada, muitas vezes por sequer entenderem o cinismo que sustentam. Mas há os que não são fisgados por essa rede, os que conhecem apuros sinceros, perigos de alma, riscos sérios. Geralmente, permanecem em silêncio e traduzem o perrengue de ontem em gentileza de hoje.

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3 Comentários:

Às 7:55 AM , Blogger ~pi disse...

? os que já estão

muito além de

qualquer

tradução



~

 
Às 7:20 AM , Blogger Chris disse...

Guto, não imaginei que vc ainda me visita-se. Gostei de saber...e como ando feliz assim à toa, vim te agradecer

 
Às 9:03 PM , Blogger Lidiane disse...

E como você bem sabe, gentileza, gera gentileza.
Lugar comum, é verdade. Mas,
pelo menos uma verdade, entre tantas mentiras sinceras de um mundo que ainda não aprendeu a se reconhecer.

Beijo.

 

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