terça-feira, julho 22, 2008

Piratas para sempre


Como não poderia deixar de ser, a internet também é campo para o bom e velho ersatz, que alguns, inclusive a Justiça, preferem chamar de falsificação. Neste mês, por exemplo, o site de leilões eBay foi condenado por um tribunal francês a indenizar a Louis Vuitton em 40 milhões de euros (cerca de R$ 100 milhões). Motivo: a realização de leilões on line de produtos falsificados da Vuitton e venda sem autorização de produtos legítimos.

Mas a pirataria é antiga, Vuitton. Piratas, sozinhos ou em grupos, cruzavam os mares desde o século VIII a.C para sacar navios, assaltar povoados e, dessa forma, tornavam-se ricos e poderosos. Homero, em sua Odisséia, lançou o termo, que hoje serve para designar qualquer CD ou DVD que se copie em casa. A lógica continua a mesma, já que informação ou status são signos de poder. Os piratas modernos interceptam determinadas rotas para se enriquecer culturalmente, erguer uma bandeira de sofisticação ou realizar qualquer feito que dignifique o delito a serviço do acesso. Afinal, o acesso é constantemente dificultado, ou mesmo negado, pelos grandes patrões. Eles detêm a tecnologia de produção e distribuição; os piratas, além da tecnologia, possuem a manha de permanecer ocultos.


No mais, há uma canalhice que precisa ser dita: a indústria falsifica a si própria. Produtos sintéticos vendidos como se fossem de couro... Semana passada, comprei um super-bonder para colar um chaveiro que não passou uma semana colado, e por aí vai. Nós piratas somos mais honestos e, enquanto a Justiça multa, a História prevalece.


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5 Comentários:

Às 6:45 AM , Blogger Luana! disse...

Pirataria é crime!

Não atire em navios!

 
Às 10:58 AM , Blogger Guto Melo disse...

Pirataria é massa! Os navios já afundaram!

 
Às 12:37 PM , Blogger Vívian Oliveira disse...

Sinceramente não entendi seu comentário em meu blog!

 
Às 5:12 PM , Blogger Rebecca Garcez disse...

tudo é artificial demais.

beijos.

 
Às 7:43 PM , Blogger Unknown disse...

Acho que ambos os lados têm em parte razão e em outra cinismo. O lado dos artistas (produção) quer ter seu trabalho reconhecido mas em geral dificulta o acesso e ainda usa o status capitalista pra se promover. Como se quem tem dinheiro pra comprar fosse mais apto intelectualmente para entender/apreciar.
O lado dos piratas, bem, quer mais é que o sistema se ferre, e eu não vejo problema algum nisso. A cultura tem mais é que ser a primeira mesmo a transpor essas barreiras. Mas o limite entre o eu e o outro fica tênue, e cada um que conviva com sua consciência.
Eu aposto mais na minha que na de um desenvolvedor da Microsoft.

Pra mim, emprestar nunca foi crime. Se eu compro um cd e empresto pra um amigo meu, bem. Se a pessoa para quem eu empresto meu cd não é nem conhecida minha, ora, bem também. Quem tem a ver com isso?
Cínico? Sim. Mas cinismo por cinismo.
Ademais, meu objetivo ao baixar um filme na internet nunca foi ganhar dinheiro. Foi para meu entretenimento, e, depois, devidamente excluído.

 

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