quarta-feira, janeiro 17, 2007

Morte de Dédo

Foi com muita tristeza que hoje recebi a notícia do falecimento de Mestre Dédo. Pescador, músico das sambadas e figura querida, era um dos expoentes do Coco em Amaro Branco, Olinda (PE), doce cidade em que vivi antes de vir para a capital. O que mais me doeu foi a forma como ele morreu.

Dédo bebia com amigos na Colônia Z4. Dentre eles, um pescador que estava em liberdade condicional. O cara se alterou e começou a bater na namorada. Dédo foi apartar a briga e levou uma facada no pulmão. Foi socorrido, mas chegou ao hospital sem vida. Detalhe: Dédo ajudou a retirar da prisão o pescador que o assassinou.

Covardia da mais torpe. E mais uma vez essa coisa suja leva a bondade e a generosidade para o túmulo. Isso é coisa a se repudiar. Mesmo. Pelo que acompanhei daqui, à distância, o enterro foi bonito, com homenagens e muita gente. Eu não conheci o mestre pessoalmente, mas presto com este texto a minha singela lembrança.

Dédo morreu no domingo e foi enterrado na manhã de ontem, no cemitério Guadalupe, em Olinda.

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1 Comentários:

Às 4:47 AM , Blogger Jane Malaquias disse...

Dedo era um pequeno gigante, a última vez que o vi, em agosto de 2006,ele estava carregando uns sacos de gelo enormes nas costas, ia sair para o mar, passar uns dez dias pescando.
Dedo foi defender uma mulher na terra que é recordista de violência contra mulheres, onde entre briga de marido e mulher não se mete a colher.
Morreu como um cavalheiro.
O que mais dói é lembrar do seu sorriso e da sua voz cantando, "ô correndo e fazendo vento"...

 

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