Licença Poética
Quando teus olhos absortos na espera
de vidros mais reais que a transparência, quando
pousar e repousar um novo e claro isso
sobre ela pedra,
já somaremos corpo e luz e, divididos,
água.
Quando, diremos três palavras. Tantas.
Não será pouco
o
que negaremos, lento sobre o lento,
mas já a mão é sábia e já um canário
imita o simples, sendo mais inteiro.
Gratidão é o meu nome, diz a fala. E
pouco a pouco pertencemos
ao segredo
que se derrama em mim e faz morrer
o que for pouco:
pede licença para ser pássaro.
O poema é de Rubens Rodrigues Torres Filho, poeta de Botucatu.
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