domingo, março 21, 2010

Eto'o X Milla



A discussão sobre qual o melhor jogador camaronês, às vésperas da Copa, está cada vez mais quente. Os defensores de Eto’o ressaltam a sua projeção internacional. O jogador já teve passagem pelo Real Madrid, Barcelona e atualmente defende a Inter de Milão, equipes que indiscutivelmente estão entre as melhores do mundo. No caso de Milla, o maior time pelo qual atuou foi o Monaco, da França, onde não obteve tanto êxito quanto na seleção.

Bem, eu vou dar o meu pitaco. O Eto’o joga muito, e é o maior artilheiro que a seleção de Camarões já teve, com 44 gols marcados. Mas Milla fez algo que considero maravilhoso: ele revelou o futebol de Camarões para o mundo com doçura e alegria. Aquele “senhor”, de 38 anos de idade, levou Camarões às quartas de final com ginga e inteligência. Era bonito vê-lo em campo, dando dribles desconcertantes e com presença marcante na área. A partir dali, o futebol camaronês, que antes ninguém sabia da existência, começou a ser observado pelo mundo inteiro. Em suma, se hoje Eto’o está onde está foi porque existiu Milla. Outro feito de Milla foi na Copa de 94, quando o Brasil ganhou o Tetra. Ele foi o jogador mais velho a marcar em mundiais. À época, estava com 42 anos.

Enfim, Milla teve a desvantagem de aparecer para o mundo em final de carreira. Mas é sempre mais difícil ser pioneiro. Se Eto’o conseguir nesta Copa levar Camarões às semi-finais, certamente irá sacramentar o posto de melhor jogador camaronês de todos os tempos, pois os resultados falam mais alto. Não veem o caso do Schumacher x Senna. O alemão é considerado, disparado, o melhor piloto de F1 de todos os tempos, por possuir todos os records (títulos, poles e etc...). Mas, cá entre nós - apesar de muitos defenderem que não há como compará-los - o Senna era muito melhor.

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sexta-feira, março 12, 2010

Deixa sangrar

O Caetano compôs uma música com esse título, e a Gal a gravou no excelente Legal, seu terceiro disco. A expressão se repete em Como Dois e Dois – “deixo sangrar” - , canção também gravada por Gal Costa, que está, se não me engano, em Fatal - Gal a Todo Vapor (1971). A expressão faz menção a Let It Bleed, dos Stones, que por sua vez é uma resposta irônica à Let It Be (deixa estar), dos Beatles.

Depois de todo este nariz de cera, vamos ao que interessa. Meu Cd, finalmente, está mixado. Agora é partir para o registro das músicas e masterização. Paralelamente, devo fazer uma página no My Space, e trabalhar capa e encarte. É muito trampo e pouco tempo. Portanto, nada de pressa, tudo na sua hora e frevo, rock e samba no laser.

Este foi o motivo por que não postei na semana passada. Estava ouvindo o material exaustivamente. Estava entre deixar sangrar e deixar estar. E estou até agora, com uma inclinação levemente maior pelo primeiro estado.

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